Pela chuva e pôr do sol, transmutação.

É estridente, estarrecedor, olhar para si, sabe? Aquela vontade, aquela coisa que cresce no âmago, de querer ser feliz, de remar, voar, de dançar com o tempo, de seguir o ritmo da vida em suas composições mais belas.

É a mudança do espírito angustiado para a paz, o novo.

Sentir graça da chuva, de sentir o gosto encharcado da chuva na pele, de correr na lama descalço e sorrir de tanto se molhar.
De largar os fardos, deixar as coisas pesadas um pouco distante, as coisas que te aperreia, olhar o que te incomoda de fora da carcaça e observar calmamente que tudo se desfaz com essa aptidão que pede urgência, aquela pressa do jogar pra fora, de externar, de elaborar e se ver livre da agressão psíquica, dos desgastes desnecessários.

Tô falando de olhar a imensa estrada com otimismo, de planejar, de encher o peito de tanta vontade de fazer tudo logo e a paciência no infinito e na calmaria, com o pôr do sol. De ser positivo e acreditar no amanhã e nas pessoas.

Acreditar em si, de querer que as pessoas me entendam e ficassem felizes também, comigo.

De querer soltar a voz, o gás dos novos sonhos, de querer mudar o sol do lugar. E eu juro que hoje eu serei para sempre o céu.

O traquejo, a transmutação, uma nova alma que sente sede de futuro.
De nunca ser cigano de chegadas, apenas de partidas.
Pela chuva, vida, pessoas, mar, pôr do sol, mudança.


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