Abro o chuveiro

Abro o chuveiro
Deixo a água cair
Molhando o meu corpo
Fazendo paisagem
no box do banheiro
Em cada gota que escorrega
Se faz caminho
perdido
Na floresta do meu corpo
Ouço as batidas do meu coração
O sangue ainda a escorrer
entre as veias
E a circular em meu peito
Pensamentos que brincam
No sítio da minha mente
São crianças sonolentas
Esperando para dormir

E desce em dança
Tímida
Molhada
Curiosa
Transparente
A gota apressada
Pra chegar no chão


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