Diálogo interior: alteridade, singularidade e liberdade.

Todas as nossas características expostas e escondidas - das quais só a gente sabe, sejam nossos medos e segredos mais remotos, as angustias, a essência contida em um potinho de vidro.
A liberdade que me fascina pela sua maneira de dizer que as coisas são todas possíveis, e que somos possibilidades atravessados em pontes e horizontes.
Por muitas vezes nos perdemos em condições que colocam em jogo tudo o que construimos. Entre balanças, equilíbrios e relógios. O viver aprisionado nessas paredes que dissolvem toda energia que seguram os telhados, dos telhados de quem concerta vidas e das vidas que rodopiam desesperadamente numa época caótica.
De poucas liberdades, de mínimas expressões internas, a falta do silêncio que contém a calma contida em cada aprendiz. Esquecemos o poder do silêncio, do diálogo interior, onde os pensamentos se unem em um só e formam matérias.
Eu sou um, eu sou o agora, sou o tempo, o aprendiz da semente, da raiz e do vendo, da verdadeira manifestação do infinito poder criativo. Sou o nada, o tudo e o tanto. A intensidade do amor mais sincero.
Tenho tantos nomes, que me classificam e desclassificam o roteiro clássico dessa grande monotonia. Tenho notas de liberdades e velhas pausas de loucura. Tenho gostos peculiares que me levam ao campo do desejo e do amor. Aprendi a enxergar o mundo em sua forma diversa e voltei com um vazio quântico enorme, percebendo que o vazio é o único espaço possível para transitar em nós mesmos.
É entender nossos processos, nosso tempo de seguir, a montanha russa de sentimentos, aprendendo a compreender e empoderar nossas lentes sociais, nossos instantes que refletem nesse agora, a fluidez temporal e a nossa abertura do ser-aí-no-mundo, de dar cor as paredes da solidão, vivendo com leveza e compreensão as relações com o outro - o outro de fora e o que existe em nós - nesse jogo de alteridade e singularidade. Compreendendo por fim que somos os donos da nossa própria existência.

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