Poeira do sentir
Nos constituímos através das brasas que atravessam o caminho
de nossos poros que ardem em fogo ao ecoar as pequenas e grandes coisas que
costuram a nossa devida história do ser
-
Assim mesmo, sem virgulas ou pontos finais, contido em
espaço – vazio, lotado de tudo e nada. Da poeira do sentir que não permite o
inventário das estrelas que percorrem a existência, que dominam os átomos da
natureza mais raiz por ser primal, agitando toda teoria quântica e toda conspiração de um mundo dominado por
tolos e pessoas que não sabem o que é amor, que não sabem o que é viver,
perdidas em si e em todo o oceano que liberta as embarcações.
A trilha rasga o osso da memória que não se esvai, carne
podre, insólito do eterno saber, coração que pulsa sol. Se a sujeira falasse,
seriam as ruinas que narrariam – por ser o que não se tem pelo fim, mas do que
morre para recomeçar. E brincar soltamente em buracos dos mais subterrâneos e
desconhecidos mistérios. Navegando aos 7 mares do inconsciente – profundo,
imenso e intenso essa história do se conhecer.
E se conhece, olha no espelho a refletir a imagem do que se
vaga, do que transita entre mundos, do que se faz muita dor para ser
aprendizado e do que voa, sendo pássaro perto do ninho.
E viver, pede que as variáveis sejam apenas aleatoricidades,
pois o estático se nega ao destino do devir.
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