Aquele momento, aquele lugar...

Aquele teu beijo, ficou na minha boca por mais tempo, ficou na minha cabeça por tanto tempo. É o eterno vicio de nunca parar.
Esse teu sorriso em ti navego, foi mais forte que o sol daquela tarde. E nosso instante foi mais forte que a correnteza do rio desaguando no mar a nossa frente.
Aquele fim de tarde me arremessou nas nuvens.

Enquanto a gente se beijava eu sentia que o tempo parava, mas não o tempo corria e não parava. O tempo que só a gente tinha.
Entre aqueles olhares calados que falavam muita coisa.
E aquele desejo, daqueles erguidos e mantidos pela sinceridade. Daqueles que seguram-se as pontas quando necessário e transformam em laços. Desejo insaciável de sentir o corpo no outro.
E esse teu cheiro, forte e lento. E teu abraço que fez casa nos meus braços, e ainda leve, forte, cego e intenso.

Nos beijamos lentamente, sem nos importar com o olhar crítico dos outros. E naquele momento somos tão feliz, e, por mais piegas que fosse, também queríamos que os outros fossem. Gente feliz não incomoda.

Aquele lugar, a paisagem do lugar, das águas azuis, entre os prédios e sobrados ao longe. Um lugar só nosso, a brisa que arrepia a face. Entre nós a conversa do beijo e o silêncio de nossas almas. O desejo de sentir e sentir a nossa sensação reservada dentro de cada um. E aquelas borboletas que não paravam quietas aqui dentro.
A tarde que vai, fica amenas, e o beijo tão gostoso que de amargo então salgado e por fim tão doce.
Aquele doce que ainda sinto em mim.
Mas a hora chega e temos que ir, cada um para seu conforto. E de longe projetar essas tardes que me fez casa em palavras.
Aquele momento, aquele lugar...

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