Hoje eu... Eu prometo... Ser inclassificável...

E eu prometo tentar não perder a esperança de dias melhores e noites mais saudáveis. Eu prometo não perder a esperança no amor. E eu prometo colocar minha felicidade em primeiro lugar, mesmo quando as ondas fortes e tempestades turbulentas derrubar o meu castelo. São sempre essas vozes que dizem que navegar é sempre preciso. Nem mesmo o vento congelante que sacode as folhas nesse outono, que acaba de dar boas vindas, me faz ficar frio com toda sua plenitude, nem mesmo a nebulosidade dessa manhã tão fria e a névoa que esconde o horizonte lá fora, me prende aos chãos.
Afinal, dizem que quanto mais cedo se encara o sofrimento, mais cedo ele perde a vontade de existir, não é mesmo?

As vezes me prendo a sonhos muito altos, como vôos de passaros em liberdade, por que além da altura, eu sei, sei que posso enchegar e conquistar um horizonte lindo, um paraíso, um mundo que eu mesmo criei, que eu reinventei. Ou talvez tudo seja apenas ilusão... Ou não! Quem sabe, não basta apenas voar, tem que saber aterrisar!

Hoje eu quero paz de espirito e um gostar simples. Daqueles rotineiros e apaziguadores. Quero o mantra da transmutação caía em mim, e que tudo possa fluir e que eu permaneça nessa constante mudança de nossas vivências e experiências. A suavidade da brisa que arrepia a face e bagunça o cabelo. A paz de uma alma, mesmo encarcerada, na eterna gana de ser livre. Daqueles que se gosta pelo que se é, não pelo o que se tem ou o que se faz. Daqueles erguidos e mantidos pela sinceridade. Daqueles que seguram-se as pontas quando necessário e transformam nós em laços.

Hoje eu quero navegar nessa mar de profecia que grita que a felicidade e todos os nossos sonhos são possíveis.
Tudo que observamos da nossa janela, tudo que vemos pelo olhar de nosso interior e tudo que enxergamos além do horizonte, são enquadráveis.
Enquadráveis porque precisamos de margens para se permitir a esse leque, é classificável as linhas e retas que circulam nossa alma e sendo inclassificável assim quando não conseguimos descrever. Inclassificável porque a íris das gaivotas enxergam além das estradas e assim as seguem, porque a linha que seguimos é tênue. Inclassificável porque mesmo classificando todas as cores da aquarela não seria possível dar margens as próprias. Inclassificável porque nenhum sentimento é medível. É inclassificável porque o que eu escrevo é difícil de enquadrar, e continuo bebendo na fonte de quem um dia disse que meus textos são inclassificáveis. A nossa vida e tudo que podemos tocar e tudo que vai além dos nossos imagináveis e inconscientes existente dentro da gente são inclassificáveis, nós somos seres inclassificáveis.

Hoje eu quero me reinventar e ter todos os meus sentimentos sobre controle.
Hoje eu quero voltar pro futuro do meu passado...
Hoje eu sinto saudades do futuro.

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