Mundo interditado.

Meu mundo está interditado, confusões inundam os melhores brinquedos do parque; as paredes estão rachadas; e as estantes empoeiradas; no muro falta o reboco; telhados quebrados. A desolação corrói meu território.
Paz interior? Já ouvi falar. Muito bem por sinal.

Meus dobrados são pedaços de coração, medo e saudades são meus remendos do passado se materializando em minha mente.
A desolação cimentam minhas paredes.

Remendos do que eu fui, do que eu nunca vou ser, do que todos queriam que eu fosse e não fui e do que sou hoje.

Dividir o que eu sinto? Loucura. Ninguém entenderia.
Em meio à multidão, me vi sozinho.
A gente mostra pro mundo o que se quer esconder. A gente fingi que vive até o ultimo dia.

Eu sou o paradoxo do tempo, o ortodoxo de meus invisíveis. Sou o paradoxo do meu ego.
O que o tempo dez em mim foi o intenso. Hoje eu tenho uns 200 anos, e isso não está em meus planos. Se o vento não sopra nada adianta continuar. As minhas asas já estão abertas, preparando para voar. As correntes nos meus pés, tentam me prender ao chão. E aquele velho desejo de saltar. A desordem é tenaz.

Eu sofro como se a dor fosse eterna. Amo como se o amanha não existisse e o rancor não fosse possibilidade. Choro, como se pudesse sobrecarregar uma represa e mergulhar em um rio por inteiro. E sorrio, como se os raios solares fossem infinitos e queimassem os mais distantes poros. Também sou a coexistência dos dois, a linha entre o céu e inferno, a linhas onde os sonhos ficam presos, a junção assim formando o arco-íris.

Sou tudo o que eu não gostaria de ser. Sou a intensidade do céu e profundeza escura do mar.

Sou página em branco ou todas as páginas do mundo. Sou página cheia e página a ser preenchida. De meio termo não fiz aula.


http://40.media.tumblr.com/cf60345ea14137312ae6ba1d00f9715f/

Comentários

Postagens mais visitadas