É hora de admitir o pôr do sol

Esse fim de tarde tem cores envelhecidas. Cores de saudades, de voltar de viagem. Cores de quem partem e de quem fica partido ao meio. Cores de quem fica frustado e de quem ganhou mais forças.
Espero aqui, da minha janela nas coisas que há por vir. Acreditar nesse pôr do sol e confiar no nascer.
Na penumbra de meus anseios, o medo, não tem mais lugar. Hoje vendo esse sol desaparecer no horizonte e levando embora o dia.
É hora de admitir fraquezas e chorar baixinho, escondido de olhares críticos. Escondido no assovio da alma, que sussurra baixinho de que eu sempre posso continuar, nem tudo estar perdido.
Espio esse domingo indo embora como quem se cala durante um choro.
Um domingo que clama mudanças, que clama a vontade de continuar, mesmo com tantos obstáculos.
Mas agora nesse crepúsculo é hora de admitir minhas forças e tentar com esses braços já cheio de marcas, agarrar esse mundo, esse meu mundo vasto e tentar não parar.
Na minha mala, lembranças. Na cabeça, vontade de crescer.
Domingo de sol. Domingo de chuvas. Domingo de medos. Domingo de que ainda não desistiu. Domingo de verão. Domingo de cheiros. Domingo de saudades. Domingo com cara de domingo.
É hora de admitir que mais uma semana começa e com ela mais possibilidades para vencer.
Relaxa, logo mais o amanhã já vem.
Agora vou indo, sem tanto pesos, vou indo no sussurro de que eu ainda posso.
Agora vou indo conquistar esse horizonte..

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