Vem cá?

Vem cá...
Vem e me tira um pouco dessa solidão, encosta essa tua boca na minha, me faz sentir calafrios, me puxa e me aperta entre teu coração, deixa eu sentir essas batidas descompaçadas, deixa eu sentir teu cheiro, me queimar em nosso calor, ferver nessa chama de desejo, vem?
Vem quebrar toda essa distância entre nós, vamos ser um só toda essa noite?
Nessa lacuna que é enorme vem preencher.
Essa madrugada mais ninguém, eu só quero te ter entre meus braços. Abraçar teu mundo em uma noite. Vem, vamos ter pequenas mortes.
Deixa eu caber em teus sonhos. Te olhar em fotos não cabe mais meus sonhos contigo.
Deixa eu pegar em tua mão, olhar em teus olhos e saber que pelo menos hoje eu te tenho. Te tenho em carne e alma, nessa noite não vai caber tanto sentimentos.
Vem, mas vem trazendo todo esse amor e vamos disputar entre beijos quente. Te deixar sem fôlego e quebrar metas e limites.
Mas se não vir, eu te busco, e vamos fugir para qualquer lugar, sem malas, sem medo. Vamos para um lugar só nosso. Para uma praia deserta e misturar todo o nosso desejo com a imensidão do mar. E esperar o sol se pôr e sermos nós, sem medo, livres. Na areia, no mar. Deixa eu te sequestrar e te levar para a vida.
Mas vem com esses olhos claros cor de mel que me hipnotiza e me leva para um futuro arrebatador
Deitados na areia, conversaremos, e como se o amanhã fosse hipotético, divagávamos sobre como seriam nossos sonhos. E vamos brincar com a junção dos nossos sobrenomes sem medo de ser precipitados. Nos beijáremos lentamente, sem nos importar com o olhar crítico dos outros. E seremos tão feliz, e, por mais piegas que fosse, também queríamos que os outros fossem. Gente feliz não incomoda.
Mas se esperar for o obstáculo, eu te espero.
Te espero em meus sonhos, no tempo que corre e do vento que sopra a distância entre nós.
Vem cá, vamos quebrar essas estradas?

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