Geração de seus vazios e preenchimentos.
(Texto retirado e que foi excluído do livro Resiliência, que irei lançar no segundo semestre desse ano)
Essa vontade que não passa, de querer tudo. E quando encontramos esse vazio dentro da gente que ocupa muita coisa? A gente sempre vive tentando se preencher. É aquela vontade de sair se preenchendo com coisas, coisas até consideradas boas, mas quando passa da medida tudo é ruim, se tornam um revés. Terapias, dinheiro, credos, crenças, deuses, objetos, produto, academia, aí tudo vira obsessão. Tudo demais estraga.
Essa vontade que não passa, de querer tudo. E quando encontramos esse vazio dentro da gente que ocupa muita coisa? A gente sempre vive tentando se preencher. É aquela vontade de sair se preenchendo com coisas, coisas até consideradas boas, mas quando passa da medida tudo é ruim, se tornam um revés. Terapias, dinheiro, credos, crenças, deuses, objetos, produto, academia, aí tudo vira obsessão. Tudo demais estraga.
Uma geração que vive no imediatismo, tudo aquilo que se faz
na busca do "agora", sem pensar muito nas consequências. Não há
paciência e nem discernimento (aquela coisa do juízo sobre as coisas) E a busca
do hedonismo (a urgência de viver o hoje e buscar o prazer acima de tudo).
E é sempre essa boca aberta. Pessoas de boca abertas são
aquelas que evitam o prazer de se aproveitar de conhecimentos, aquelas pessoas que são vazias demais, vazias e preenchidas de muitas coisas para
suprir esse vácuo existencial. Para suprir a ausência de sentimentos. E por
isso arrastam tudo pelo caminho, só querem o imediato, o agora, o prazer e fim.
Pessoas artificiais. Corpos artificiais, personalidades superficiais, nada em
profundidade. A imagem é algo primordial para essas pessoas. Não sabem
sorrir, nem chorar de verdade. É aquela disputa de verdades, sempre saindo no tapa.
E cá entre nós, estamos vivendo em uma realidade em que as
pessoas não se expressam, que não tem discursos, uma atualidade de pessoas
alienadas. Observamos isso nas musicas que escutam, nos pensamentos secos que
passam. Mas fazer o que? O ritmo da vida, o caos tecnológico, a alienação das
pessoas, a solidão endêmica, o fracasso no sistema de crenças (religioso,
moral, politico, social – qualquer coisa que parecia outrora dar significado e
direção à vida) têm sido catastróficos.
É muita “cagação”
de regras. Todos muito idiotizados, sem saber pra onde estão indo ou pra onde
querem ir. Tudo muito programado e determinado. É tudo muito tão raso. Tudo
previsível e sem graça. Tudo tentando está certo demais, querendo está no lugar
e organizado. Poucos se soltam. Poucos são autênticos e espontâneos.
Estímulo por
todos os lados. O Ter para Ser propagado à exaustão, O “TER” que passa a ser mais
importante na busca do topo, e o “SER” passa despercebido e enterrado, ou
maquiado. A medida de todas as coisas. A negação da essência e simplicidade;
tudo é bom e ruim, depende de quanto, como e por quê. A tentativa de se destacar que leva muitos à anulação das próprias
referências.
É de nós, é do ser humano. Somos compulsivos e precisamos de
válvulas de escape. Pra uns é a comida, o consumismo, o prazer ou as drogas.
Para outros é a religião, o vício na endorfina proveniente dos esportes, o
fanatismo. Qualquer coisa que nos alivie e nos traga essa (falsa?) ilusão de
conforto. Todas essas coisas são formas de escapismo e podem ser boas e ruins.
Só depende do jeito e da dose.
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