Quero um pouco desse tanto [poema]

Não sou brisa
Muito menos posso ser ventania
Mas eu posso ser vento
Longe de mim causar redomoinho
Com todo esse caos ao relento

Quero ser fogueira, mas não pra se queimar
De calor já basta o peito aberto e suado
De tanto caminhar
Quero ser pingo na beira do lago
Ou chuva leve na beira mar

Da flor que nasceu no deserto
Quero apenas o seu encanto
Do tempo que corre incerto
Quero um pouco desse tanto

Do sol que foi embora
Resta a saudade de amanhã
A noite de antes que me apavora
Hoje me traz desespero de viver
Ou morrer cedo de manhã
Viver, viver, viver


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