Inspiração!

Cada um com o seu jeitinho de levar a vida, de viver, de observar e levar, leva dentro um poeta adormecido. Feito o vento que desarruma as folhas secas de outono, e precisamos soprar para que ele possa ser redemoinho...
Minha inspiração está contida no meu olhar, de como eu observo as coisas, no gosto de sentir as coisas como elas são!
Também está contida nessa escura madrugada, que silenciosamente canta palavras em minha cabeça, palavras que as vezes some, palavras que pintam o que penso!
Fazer poesia é como se os pássaros que além de voar, cantam e dançam nesse céu azul, aos nossos olhos se torna mágico.
Gosto de fazer as palavras namorarem!
Escrever e pensar sobre as coisas na madrugada faz parte da minha rotina e da minha vida, acho que é meu jeito de divagar em silêncio sobre as ideias que me arrebatam nesse imenso escuro que particularmente eu amo. Sim, amo o silêncio, nele eu me encontro dentro de mim e danço com meus pensamentos.
Encontro inspiração também no que as pessoas acham do que eu faço.
Inspirações em músicas, com suas batidas e ritmo que me encanta.
Inspirações em textos bonitos, reflexões e palavras enfeitadas.
Inspiração também nas prosas de meus amigos, da vida lá fora!
Guardiões de sopro!
Inspiração também no meu EU,
Ultimamente penso que o que eu ando pintando não tem muita cor, necessito de uma aquarela com mais cores, talvez eu necessite enxergar verdadeiramente com outros olhos a tela que pinto.
Ultimamente me desencontro de minha inspirações, acho que quando uma mente está cheia demais, ela acaba interferindo na organização de si mesma.
Ando observando com um olhar mais profundo a minha vida como está hoje, olho como as pessoas ao meu redor agem, eu gosto muito de observar as pessoas, é muito interessante tudo isso.
Escrever particulamente para mim, é ter materiais para construir quando tudo ou quase tudo está desfeito e bagunçado, como na minha mente cheia e turbulenta de pensamentos desorganizados, sobre a vida, morte, pessoas, mundo, questionamentos.
É um jeito melhor de entender o mundo através da brisa macia que arrepia a nossa face.
É o assoviar da alma mesmo quando aqui dentro canta o mais preenchido silêncio. Como aquela brisa morna de verão que sopra em nossas íris olhares bruscamente límpidos de uma ganância de pintar papéis e dar sentido ao que escreve, dar sentido aquela bagunça de palavras, dar sentido ao que sentimos!
Fazer poesia é como amar através de palavras. É fazer com que elas se preencham e se sintam a vontade nos espaços escondidos de cada um.
Eu penso que fazer palavras namorarem é mais nobre que ter títulos e posses. É que as palavras só namoram quando amam de verdade!
Acho que agora, escrevendo sobre isso, minha mente cheia de caos em pensamentos, fica mais organizada.
Organizada porque o entender de as coisas estarem assim, encontra sobre mim algo preenchido de uma bagunça organizada.
Me encontrar nos meus pensamentos é como montar um quebra cabeça, a bagunça está ali pra você montar peça por peça!
Me desencadear dos ventos que sopram forte, vai mais além do que se aprisionar em brisas leves, é ter que prosperar algo forte ao invés de comemorar algo muito fraco!
Mas uma vez me encontro aqui, eu e esse escuro, eu e esse silêncio, eu e meu celular, eu e minha cama, eu e a madrugada, criadora de pensamentos!
Isso tudo me inspira!

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