Mar de pensamentos

Encontro-me mais uma vez aqui, na minha caverna, no escuro total do meu quarto. Com minha conotações e pensamentos travando guerra em minha cabeça.
Às vezes me perco nessa alvorada, nesse por do sol incendiando os céus, me perco nesse mar de pensamentos que me tornam um louco nato.

O meu problema talvez esteja em que eu penso muito, penso em infinitos. E me atrapalho muito na hora de jogar-las pra fora da minha boca. Talvez por isso sou muito ruim em se expressar oralmente.
Não sou uma pessoa rica no vocabulário das palavras feitas. Talvez eu só tente alternar em falar e ficar calado, calado nesse mar de pensamentos.

Nem sempre o universo está ao nosso favor, vivemos e somos empurrados a algum tipo de jogo da loteria, dizem ser jogo de sorte, eu chamo de jogo do azar. Em que consiste em não haver seus acertos acentuados.
Nem as ondas do mar, que oscilam entre ir e voltar, são as mesmas de outrora. Elas estão aí pra dizer que nosso tempo é como essas ondas, quando algumas coisas nascem e crescem a seu favor outras coisas declinam em seu pesar.

Eu sei que é fundo, mas eu vou mergulhar!

Nesses barcos ancorados nesse imensidão de água eu me encontro e percebo o quão me espera pela frente. Estou remando!

Agora que o silêncio é um mar sem ondas, como um rio sereno que não bebe de suas minúsculas ondas. E que nele posso navegar sem rumo, na jangada do meu interior.

 Por mais que grite e peça para que se aquietem, eles ainda assim não silenciam. Sentimentos são assim, como crianças, incontroláveis. Nesses momentos, eu penso, "Acho que nunca mais irei dormir." E o jeito é entrar na dança e dançar nesse mar, correndo os pés nas ondas caídas na areia, saltando fazendo a água pular pra todo canto.
Nada adianta se o vento não soprar.

Ontem eu acordei perdido, sem saber onde eu estava, aquela sensação depois de dormir muito e perder a noção do lugar, tempo e espaço de antes. Acordei diferente, sentindo-me mais leve, coisas ruins que me careciam da razão, e que me sufocava o choro foi embora, simplesmente assim, sem avisos. E pensamentos que travavam o riso desapareceram... Sorri, mesmo sem saber o porque, encontrei-me ali, meio grogue, de rosto marcado, ainda com as cobertas me envolvendo. Transmutações sonolenta acordava aquela tarde.

O crepúsculo daquele fim de tarde me fascinou ao olhar o céu e ver a primeira estrela aparecer no céu, dizem que dar sorte, ou é sinal de sorte e alguns fazem até pedidos, não sei o que eu fiz além de precisar até ver outras aparecerem e o céu ficar roxo, quase escuro naquele horizonte. E mais um vez eu me perdi nesse horizonte de pensamentos que não cabem em uma aquarela.
Pensamentos que preenche todas essas nuvens que pintam esse céu.

Um mar de pensamentos...

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