O diário de uma quarta: Sonhos loucos.

Eu tive um sonho louco.
hoje eu fiz uns movimentos loucos dentro do meu sonho...
Nele eu estava perdido. Eu corria muito atrás de uma luz que se distanciava cada vez mais. Fugia de mim.

Eu via maribondos!

    Logo depois o cenário mudou e eu me deparei rodeado de pessoas com trajes pretos e parecia mais um cortejo, era um enterro, ninguém chorava, olhei para o caixão e se quer não havia ninguém, foi louco, e do nada eu encontro-me em um abismo, eu vi anjos a circularem o céu em conjuração. Olho para a beira do abismo. É mais profundo do que eu posso suportar, e do nada eu sou empurrado e me vejo caindo e caindo, aquela sensação terrível de estar caindo em um sonho, exatamente por que era um sonho. Eu sentia um aperto no coração, uma falta de ar, de olhos fechado caindo no nada.

     E assim eu acordo assustado. Quando se acorda assim o único movimento, são os nossos olhos, arregalados de medo, suado, eu respiro ofegante e sentado, eu olho o escuro da madrugada que mais parece torturar. E um frio avassalador, que congela até os ossos, me aconchega mais entre minhas cobertas e volto a dormir.

Cada um tem em si o seu próprio abismo.
Cabe a você pular e encarar a queda, ou continuar ali, parado.
O seu abismo é você quem faz.

   Agora o que me acorda são as frestas dos raios de sol entrando em meu quarto pela janela. O escuro é dissipado pelas pequenas entradas de luz que consome todo o território.
Qualquer facho de luz quebra qualquer escuro.
Permaneço sentado em minha cama, ainda refletindo sobre os sonhos dessa noite.
-Seria algum tipo de presságios? Seria algo da minha cabeça? Ou apenas sonhos formulados por minha cabeça cheia de desnecessários?
É. Não sei. Com essas duvidas dançando em minha cabeça e travando uma luta sem vencedores, eu decido me levantar e acordar pra essa tarde. Sim, já era de tarde quando eu me acordei nessa quarta feira.

    Levanto-me, com a vista meio que embaçada ainda procuro minhas sandálias, me espreguiço tentando ao menos tirar toda a preguiça ainda grudada em meu corpo. Abro a porta e toda a luz do sol daquela tarde ali exposta parece queimar meus minuciosos olhos ainda acostumados com o escuro do meu quarto. Vou ao banheiro e faço o que todos fazem no banheiro ao acordar. Logo depois vou à cozinha em busca de comida, acordei morto de fome, pois bem tinha tomado meu café da manhã. A tarde foi assim, corriqueira, a mesma coisa de sempre, esse dia foi tão breve pra mim, não porque eu acordei tarde demais, mas passou rápido de um jeito que quando eu fui perceber já era noite.

Talvez fossem meus pensamentos que passaram a tarde toda travando uma luta em minha cabeça.
Algo estava diferente em mim depois dessa noite, mantive-me calado o tempo todo, meu celular eu tinha até esquecido que existia.

Era quase 22h00min horas quando eu fui me deitar.

O pôr do sol não foi mais o mesmo.
Essa noite me acarretava anseios.
Essa tarde me lançou em uma poça de pensamentos.

"Sigo os passos da impossibilidade acreditando apenas no que vejo.
Avisto umas luzes no fim do túnel. É apenas um vagalume. 
Enfim chego ao cume da montanha; não encontro nada.
Diariamente, meus leões me devoram antes que eu possa derrotá-los.
Trilho o caminho que converge na surrealidade."

A complacência da minha razão me atormenta.
Eu fujo, mas fujo pra um lugar perto de todos e longe de mim.
Mantenho-me invisível.

Ultimamente ando tendo uns sonhos atormentadores e me mantêm distante de tudo, coisas estranhas me tornam esta semana.

   Dependemo-nos do exterior e somos infectados por várias concepções, advindas do contexto em que vivemos, em que nascemos, em que crescemos, em que morremos. E assim sucessivamente.
O caos nos pertence

A desordem toma conta das horas, o tempo passa freneticamente em nossos olhos. O dia e a noite transcorre sem nenhum sentido.
 Há dias, entretanto, que nem mesmo pequenos fachos de criação nos acodem. Sentimo-nos “tábula rasa”, como se o interior se exaurisse de possíveis imaginações.
As horas transcorrem apenas dotadas de tirania e não da potencialidade do conceber – momentos ocos, desinteressantes, vazios.
O caos está perante em nós.
Escrevo nessa quarta feira pensamentos, e minhas loucuras interiores. O meu caos cada vez mais súbito, minhas trevas continuam acesas, meu território incontestável.

Um presságio eu vi também
Arrastou o céu numa conjuração
Corpos ébrios em confusão
A sustentação é que a manhã já vem
Logo mais amanhã já vem...
                                            

Comentários

  1. Muito bom o texto! Palavras sábias em perfeita harmônia. Tenho certeza que "TU"(HEHE) será um renomado escritor,continue escrevendo e NUNCA desista de seus sonhos. OBS: Estou esperando meu livro! HAHA.

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    1. Ah.. fico muito feliz, que gostou :)
      muito obrigado, pode deixar kk irei mandar o livro, quando eu terminar.

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