Estradas
Nessas estradas que percorremos quilômetros, nessas estradas
que embala a vida de quem a segue, dos caminhoneiros qe pernoitam por esse
caminho cimentado. Quando noite, perigosa e silenciosa, pelo dia congestionado,
perdido nessa bagunça, que pincela a cidade e enaltece o campo. Vivemos para
torna-las.
Pela essa
estrada que embala histórias, começos de vidas novas, termino de vidas velhas. O
caminho é vasto de devaneios. Coberto de histórias interrompidas. Tragédias e
esperanças constrói uma estrada.
Repleta de curvas acentuadas, que costuram o céu e a natureza. em sua volta
Estrada que chove
e estrada de sol.
Pelo sol que travessa essa estrada, me perco nos sentidos. Pelas
placas que informam aonde chegar se mistura a poesia.
Estrada de chuvas. Uma estrada molhada. Chove torrencialmente lá fora, fazendo com que a imagem embaça um borrão. As gotículas até parece furar essa janela de vidro, escorrendo logo depois, se misturando entre as outras, só aí percebem que a entrada é proibida. E tornam uma trilha interessante, descaminhos confusos, chacoalhadas pelo vento e pelo movimento.
Pelas marcas
que nessa estrada esboça, os buracos balançam quem estar protegido.
Nessa estrada
que norteia e liga entre o sul e o norte desse horizonte. Esconderijo de
segredos de vidas mornas.
É um
cimentado perigoso, que nos liga a lugares desconhecidos. Que também derrama o
conhecido no desconhecido. Entre partidas e chegadas. Lembranças que enaltece mesmo
quando vai.
A estrada de quem veio não é a mesma de quem
partiu. Repleta de mudanças, choros e alegria, que se mistura nesse pinche negro.
Estrada
construída de distâncias.
Estrada eu sou. Estrada
eu vou. E o que seria da estrada se não fosse o movimento? Que triste ou doce
sina levar a todos os lugares sem nunca neles estar. Tenho aprendido com ela
que é a espera que edifica o tempo, que o estático pode ser inquietude e que o
silêncio conta histórias nesses ermos esquecidos. A estrada nos pertence. Ou somos
nós que já fazemos parte dela?
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