Ir embora
Eu tenho medo! Tenho medo de ir embora, de ir embora pra
longe, de voar para o alto, de enxergar as coisas minúsculas lá de cima e
querer descer. Durante esse tempo todo falando que queria voar e esbarrar em
horizontes. Mas quando essa hora chega? Quando você tem que fazer as escolhas
de se manter aqui, no chão, ou voar mais alto.
É estranho perceber que partir é o mais necessário.
Uma amiga minha me mandou um texto lá no facebook, que fala
de um mofo realista a questão do ir embora, aquele tipo de texto que nos faz
pensar que realmente nós precisamos nos afastar do nosso meio, a nossa zona de
conforto, para criar asas e voar e perceber que o mundo é muito maior que o
nosso próprio umbigo. Nossos problemas não são maiores nem menores que o de
ninguém. Problemas são problemas e ponto final. Caberá a gente decidir até que
ponto ele interfere na nossa vida. Porque sim, eu acredito que somos senhores
do nosso destino. Pode ser que nem tudo saia como planejado, mas cabe a nós
decidirmos se vamos fazer do limão uma limonada ou simplesmente jogá-lo no
lixo!
Abaixo vou tomar a liberdade de citar o texto da Antônia que
te pega de jeito e te faz enxergar a realidade da vida.
“É preciso ir embora.
Ir embora é importante para que você entenda que você não é
tão importante assim, que a vida segue, com ou sem você por perto. Pessoas
nascem, morrem, casam, separam e resolvem os problemas que antes você
acreditava só você resolver. É chocante e libertador – ninguém precisa de você
pra seguir vivendo. Nem sua mãe, nem seu pai, nem seu ex-patrão, nem sua
pegada, nem ninguém. Parece besteira, mas a maioria de nós tem uma noção bem
distorcida da importância do próprio umbigo – novidade para quem sofre deste
mal: ninguém é insubstituível ou imprescindível. Lide com isso.
É preciso ir embora.
Ir embora é importante para que você veja que você é muito
importante sim! Seja por 2 minutos, seja por 2 anos, quem sente sua falta não
sente menos ou mais porque você foi embora – apenas sente por mais tempo! O
sentimento não muda. Algumas pessoas nunca vão esquecer o seu aniversario, você
estando aqui ou na Austrália. Esse papo de “que saudades de você, vamos nos ver
uma hora” é politicagem. Quem sente sua falta vai sempre sentir e agir. E não
se preocupe, pois o filtro é natural. Vai ter sempre aquele seleto e especial
grupo que vai terminar a frase “Que saudade de você…” com “por isso tô te
mandando esse áudio”; ou “porque tá tocando a nossa música” ou “então comprei
uma passagem” ou ainda “desce agora que tô passando aí”.
Então vá embora. Vá embora do trabalho que te atormenta.
Daquela relação que você sabe não vai dar certo. Vá embora “da galera” que está
presente quando convém. Vá embora da casa dos teus pais. Do teu país. Da sala.
Vá embora. Por minutos, por anos ou pra vida. Se ausente, nem que seja pra
encontrar com você mesmo. Quanto voltar – e se voltar – vai ver as coisas de
outra perspectiva, lá de cima do avião.
As desculpas e pré-ocupações sempre vão existir. “Basta você
decidir encarar as mesmas como elas realmente são – do tamanho de formigas.”
Então galera, eu aprendi hoje que somos meros seres
descartáveis. E que ir embora é como debulhar o quebrar cabeça da vida, o
pedaço que somos vai ficando no caminho e o caminho nos vai tornando.
Precisamos olhar lá do alto, olhar de um avião aa coisas, os
problemas e ver como eles são minúsculos, e que voar é necessário pra vida,
escolher ficar é escolher não voar.
Ter liberdade para alcançar novas experiências é tão
libertador.
Pois quando voltamos do vôo, e se voltamos, veremos como as
coisas eram tão minúsculas, e que a nossa bagagem é um vão à ser preenchido.
As pessoas seguem com a sua vida, as coisas mudam o tempo todo
ao seu redor e não será diferente se você for embora.
Por que é preciso ir embora!
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