Uma crônica de AMOR

Para aquele amor verdadeiro, distância nenhuma separa.

"Não há amor sem dor, como não há o doce sem o amargo...
O amor é a mistura do bom e ruim, é o profano e o sagrado. O amor te faz querer viver e ao mesmo de faz querer morrer, morrer com doses cavalares dele.
O amor te faz enxergar tudo belo e ao mesmo tempo te cega pra os erros, o amor te traz a alegria e a tristeza de ser ou não correspondido...
O amor é uma droga que nos faz sentir vivo, como os raios do sol que na medida certa te dar uma cor de vitalidade, em exagero de queima e te fere...
O amor é a junção do sim e não.. “Do saber amar e escolher não amar...” #NãoHáAmorSemDor - Eluize Camila

Era a noite, por volta de 18 hrs, uma mensagem no whatsapp, um simples "Oi, tudo bem" de uma pessoa desconhecida, unidos por essas máquinas tecnológicas. Que o amor aconteceu...

O amor é algo sem barreiras, cor, gênero.

O amor é algo que não tem avisos prévios.

O amor não precisa de rótulos. Simplesmente é um mistério de uma primavera regida de um inverno.

É voar !

É um sentimento que inspira!

O amor está em todo canto, enaltecido na construção vidas.

Parece que tem acontecido mais raramente, ninguém sabe ao certo por que, mas, de repente, olha lá ele. 

O amor acontece quando quer, sem dar ouvidos a pedidos humanos, talvez porque seja impaciente, ou porque apenas obedeça a ordens superiores, ou porque esteja entendido daquilo que está fazendo. 

Alguém diz algo agradável e o amor acontece. Alguém diz um absurdo e o amor acontece. Alguém não diz nada e o amor acontece. Alguém toma uma atitude e o amor acontece. Alguém canta o amor e ele acontece. Ninguém está esperando e o amor acontece. 

Numa manhã meio nublada de uma data sem importância, em pleno sol de domingo, embaixo de um temporal, em qualquer estação do ano, às margens do Tietê, do Capibaribe, ou do Sena, não importa a ocasião, é no coração que o amor acontece. 

Acontece de o amor vir para encurtar o tédio e trazer a noite às pressas. 

Entre dois adolescentes que ficam juntos numa festa, sem nenhum planejamento prévio, o "ficar" vai ficando rotineiro, e o amor exige um namoro. 

Num vigésimo "alô", quando uma voz sente vontade de falar mais, e eternamente, a despeito da conta telefônica, o impulso do amor cruza a linha de chegada. 

Quando a voz da pessoa amada enaltece uma música, que você não quer parar de escutar.

Na plateia do cinema, acontece vez por outra: uma cena desperta uma emoção, que desperta outra, que desperta outra, e lá vem o amor provar que "a vida é amiga da arte", como diz Caetano Veloso. 

Após um beijo casual, no fim de uma noite que parecia não ter futuro, duas mãos se entrelaçam com firmeza, e os corações se aquecem no aconchego do amor que acontece. 

Numa madrugada fria, debaixo de um cobertor, acontece o amor. Dentro de um carro estacionado, apesar do medo de assalto, acontece o amor. Atrás de um muro, no escuro, na moita, proibido de acontecer, ele não quer nem saber. 

Acontece com a pessoa certa ou com a pessoa errada, será que o amor descrê do erro? 

Acontece de a gente amar "a pessoa" errada, que esse amor é condenado pela sociedade.

Acontece de acontecer de um lado só, provocando dor, mas se acontece de dois lados, como pode ser tão bom? 

Acontece em todos os meios.

Naquela curtida repetida nas fotos do facebook, aqueles comentários inesperados, aquela solicitação de amizade desconhecida regida por um simples "Oi".

Naquela chamada no whatsapp.

Acontece de várias formas, seja em encontro escondido, seja em cidades distantes, e às vezes se transforma, modificando crenças e planos. Seja como for, assim penso, vale a pena comemorar o acontecido. 

Acontece de durar um dia, uma noite, uma semana, um mês, um ano, uma década, uma vida, sem certificado de garantia, nem prazo de validade, ele e seus perigos, como um equilibrista no fio. 

É preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã.

Aí eu me distraio, e meu pensamento vai parar naquela pessoa.

É tão carinhoso, ao ponto de chamar um ao outro de idiota. E isso é engraçado.

É mais viciante que vinho. Quero te beber toda hora, me embriagar de você.

Foi tão de repente e já virou tão rotineiro amar.

É libertador quando chega à intimidade.

O amor é uma árvore que costura corações.

"E eu acho que eu gosto mesmo de você!
Bem do jeito que você é! "

O amor é quando você quer escutar a pessoa direto.

Quer está junto a todo instante.

Quando seu telefone toca de manhã e o nome da pessoa esta lá.

O sono é esvaziado pelo susto de atender logo.

De ver aquela mensagem e ficar feliz, de ficar horas esperando a pessoa ficar on.

De ficar triste quando não tem notícias.

Daquela vontade de sentir seus beijos, de dormir agarrado.

De rir com o seu sorriso estampado naquela foto.

Ah... O amor rompe guerras! Alcança horizontes, enaltece a vontade de viver!

Mais amor, por favor!

Um amor sem domador, porque o amor é um leão, e não precisa ser domado.

O amor é quando você sorrir para o inverno.

O amor é doloroso, viciante e alternativo sim.

E de repente, muitas vezes, o amor vai e desacontece sem que ninguém saiba o motivo. Mas isso é uma outra história, escrita por um outro cronista...