Jogos da vida

Nesse jogo de máscaras, eu não sei jogar!
Falam que temos que aprender a jogar, porque isso é a vida, porque viver é jogar... hum!
Viver é se libertar! É ser livre, é seguir seu caminho com as suas forças, com suas armas, ser caçador de lealdade. E não apenas usar truques para jogos, meramente sujos.
É uma lástima que todos jogam nessa vida; eu, você, eles.
É estranho a sensação de que a única saída é ter que aprender a jogar...
Mas depois de muitos desses joguinhos sujo, em que eu perdi por ser "inocente"; um fraco; percebi a capacidade como as pessoas jogam para apenas conseguir algo na vida, algo nesse mundinho individual, onde vencer e pisar é a prioridade.
Podem me chamar de fraco.
Porém...
"Esqueci as regras do jogo, e não posso mais jogar.
Veio escrito na embalagem: use e saia pra agitar.
Vou com os outros pro abate o meu dono vai lucrar.
           Seja cedo ou seja tarde, quando isso vai mudar?
Isso é tão desconfortável,Me ensinaram a fingir.E se eu for derrotado,Nem sei como me render."
... E eu me vendo como um brinquedo torto, e eu me vendo como uma estátua.
Chega um dia, em que todos mostram como são de verdade, pois, não existem máscaras que durem mais que a própria face.
A mascara que reveste várias pessoas, não é falsidade ou desonestidade, muitas vezes é apenas uma armadura que encobre os medos e fraquezas de uma alma confusa e só.
Ou apenas encobre a necessidade daqueles não tem capacidade de arrumar algo melhor pra viver...
A fome procura o gosto;
A sede sacia o suor derramado;
Viver é saber jogar;
A verdade se encontra em sabores;
A mentira se esconde nas fraquezas;
O sentido das coisas derramam feridas;
Do meu sangue, eu quem derramo;
Do perigo que eu busquei, sangrei sozinho;
Se render, é ter que jogar
A vida é mais que isso
Através dos espelhos que me deram, eu enxerguei um mundo doente.
A falsidade bebe na fonte da lealdade.
"Quem me dera, ao menos uma vez,
Ter de volta todo o ouro que entreguei
A quem conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha."
 Quem me dera ao menos uma vez não ser atacado por ser inocente.
De todo o ouro que entreguei, todo suor que derramei, em busca da amizade, e não enxerguei que era manipulado.
As pessoas são substituíveis, são descartadas desse jogo, quando não segue mais as regras do manipulador, quando não são necessárias, QUANDO ADQUIREM VOZ E VISÃO.

A vida não consiste em ter boas cartas na mão e sim em jogar bem as que se tem.
Se for pra jogar, prefiro ficar no lado daqueles que enxergam, que não se manipulam, daqueles que tem espelhos, dos verdadeiros.
VISTA SUA MÁSCARA E JOGUE!
Jogue mesmo!
Mas jogue convertendo o mal no bem.
Sem nenhum pudor derrote as sombras.
Desmascare esse jogo sujo.
Não se venda!
Crie as suas próprias regras, faça suas alianças, coloque sua máscara e siga sua consciência.
Saber desistir. Abandonar ou não abandonar — esta é muitas vezes a questão para um jogador.
Como dizia Clarice Lispector: A arte de abandonar não é ensinada a ninguém. E está longe de ser rara a situação angustiosa em que devo decidir se há algum sentido em prosseguir jogando. Serei capaz de abandonar nobremente? Ou sou daqueles que prosseguem teimosamente esperando que aconteça alguma coisa?
E aí? Continuamos jogando? Ou nos rendemos?
Você quem faz o seu jogo, você quem faz as regras, você quem faz as escolhas.

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