Rótulos.

Eu não sou uma pessoa de caminhos feitos, nem de idéias feitas. eu sou o mistério.
O mistério de uma sombra no escuro, eu não sou, não estou, não vou e também não cheguei.
Sou o nada, sou o tudo, sou o nada no tudo, o tudo no nada, o deserto no oceano, o oceano no deserto.
Sou o tudo e todos, o nada e o ninguém.
Desse vão que eu caminho procuro ser o aprendizado dos meus erros.
Desse vão eu pinto coisas em mim o extraordinário, extraordinário feito um quadro, um quadro pintado pela essência, só entende aqueles que pintam igual, só entendem aqueles que se entendem, aqueles que se permitam enxergar.
Quer saber? Eu não sou o mistério, sou algo incompleto.
Incompleto para ser rotulado.
Na vida passamos por muitas coisas para ser rotulado em apenas umas. 
De uma hora pra outra mudamos os sentidos, caminho e visão do mundo. 
A partir das dificuldades aprendemos nos levantar e daí permitir ser outra pessoa. A mesma pessoa com visões diferentes.
Eu não sou uma pessoa terminada, nem uma pessoa que termina, eu não quero rótulos nem roteiros prontos, nem muito menos procuro criar roteiros, quero ser a peça teatral desconhecida, a novela enaltecida,
não existe o começo em mim, muito menos o fim, eu sou o meio de uma direção em construção.
Eu existo.
Não sou produto, e não vou ser rotulado.
Sou só coração. Sou a alegria. Sou o entendimento. O desentendimento.
Sou a incógnita de uma folha que cai entre as outras folhas mortas, sou o pingo de chuva que se iguala na poça de lama, sou a flor que se perde entre tantas outras, o raio de sol que escurece a penumbra da vida.
Vivo em um meio que me parece eterno. Um meio que me faz escrever, um meio que me permite organizar meus pensamentos bagunçado em papéis e eternizar essa bagunça, na memória e lembrança dos mais próximos e os mais distantes, aproximar o desconhecido do desconhecido.
Sou o meio que ama muito o que era pouco.
Ser e mudar a cada dia.
Se um dia eu começasse a escrever minha vida, seria mais ou menos assim: Eu sou reticências. Não sou paragrafo, Sou 3 pontinhos. Não me permito ser uma vírgula e separar as coisas. Sou o não-dito. Sou o choro contido. Sou o sensível desse inverno. Perdido. Imperfeito. Idiota. Sou emoção e desejo. Palavras e sentidos são o meu antídoto. Anti-monotonia, anti mau-humor, anti todo o amor que não há.
Eu quero sair por aí quebrando todos os estereótipo, sair quebrando todos os preconceitos da felicidade. 
Quero viver em um mundo de pessoas que riem, que choram, que sentem, que gritem, sem olhar a vida alheia.
QUERO QUEBRAR TABUS!
Da mais mais pura hipocrisia.
Sem a opressão de domadores.
O meu tempo se derrete quando debato os rótulos, EU QUERO A ESSÊNCIA! E minha alma tem pressa...
"A nada sou preso, sinto, penso, vivo.Rótulos e ritmos constantes, impossibilitam a conhecer novos, sozinho ou não.Viver com é melhor do que sem, mas sou livre, e livre é saber que a vida, ou viver não é estarem ser livre de, mas sim livre para..."
Sou o fiasco das minhas trevas.
Sou a folha seca do meu território.
Sou o caos!
Sou a bagunça, sou as folhas organizadas.
Caótico, intenso, inteiramente fora da realidade.
Os rótulos são cadeias.
As limitações está no telhado de cada um, e nós proibi de voar.
No encimentado da vida, esquecemos a essência.
Rótulos nos impedem de ser quem realmente somos. 
De quem realmente queremos ser! 
De querer! De Ser! De ser felizes! De viver!
E por favor não me rotulem, não sou um mero produto, sou o constante rebelde!
Eu não permito me rotular.

Comentários

Postagens mais visitadas