Ninguém

Sou o nada, sou o esquecido.
sou o eterno desconhecido.
O mais intenso e perdido.
Sou eterno frio de um capitulo sombrio.
Vivo de perguntas sem respostas.
De um barco que vela as 7 marés, a sombra que torna um abismo.
Muito prazer, meu nome é ninguém.
Eu venho do nada, e estou indo pra lugar nenhum.
Sou o paradoxo do tempo que em mim flora o desconhecido.
Sou o verão do outono e a primavera do inverno.
Sou órfão, estou abandonado, criado pela vida, e esquecido por todos.
Acredito em mim, mais do que qualquer outra coisa.
Adoro o vazio, e sou apegado a solidão.
Tenho amor às causas perdidas, e me dou o luxo a miséria.
Me encontro de felicidades mortas.
Me perco entre vidas roubadas e entre verdades discretamente secretas.
Eu moro em você, e em todas as pessoas.
Das mais grandes oportunas entre as mais pequenas sonhadoras, das pessoas perdidas e das desconhecidas.
Mas você não me conhece afinal eu sou só eu, apenas ninguém.
O vazio é minha morada favorita, é onde eu guardo minhas lembranças.
É onde eu pinto meu território e me pendro entre minhas trevas.
Ninguém me entende!
Ninguém sonha!
Ninguém sonha em ser alguém.
Mas alguém não sonha em ser ninguém.
Alguém é um esconderijo de máscaras.
Ninguém é feliz!
Ninguém é triste!
Ninguém ama, ninguém me quer!
Ninguém merece.
Ninguém é feliz sozinho.
Ninguém voa, canta, pensa, ouve!
Ninguém é rebelde.
Nunca se esqueça de quem eu sou, e uma vez ou outra grite ao mundo: ‘Ninguém existe, e ele se sente sozinho, venha ajudar ninguém,
seja amigo de ninguém, ame ninguém, faça dele alguém!'
Prazer eu sou ninguém!

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